segunda-feira, 26 de março de 2012

Sobre o filme "Precisamos conversar sobre Kevin"

Precisamos entender Aquela Mãe, Aquele Filho!

Assistir ao filme “Precisamos conversar sobre Kevin” nos remete ao ir e vir de nossa humanidade mais tênue e precária e também nossa salvação .

Penso nisso quando o filme aborda a natureza complexa da relação entre aquele filho desafiador e aquela mãe que tentava ser mãe.

O amor estava entre eles embrutecido, presente em seu avesso.
A caminhada dolorida percorrida por aquele filho e aquela mãe deixa rastro de um vermelho, sangue presente em todas as passagens como a deflagrar a vida que pulsa “hemorragicamente” e sua perda trágica que se esvai com a morte arquitetada.

Embora o título do filme demonstre a necessidade de conversar, há pouquíssimo diálogo, o filme é permeado por ações. Essas ações desprovidas de diálogo nos remetem a natureza humana mais
Primitiva.

Sem o uso da linguagem, da comunicação civilizatória fica-se a mercê do instinto mais selvagem, então a linha tênue entre nossa natureza hostil e nossa civilização se rompe e a agressividade não pondera.

Aquele Filho sentia-se desamado!

Aquela Mãe que achava que não amava!

Ato ensandecido cometido reata-se a relação filial e maternal, ainda que sem afeto.

Retornam a uma relação umbilical e se preparam para um renascimento de suas identidades quando Aquela Mãe pergunta...

E Aquele Filho ao responder não ter certeza do por que do ato cometido pressagia sua Humanidade.

E o filme acaba! E a vida continua...

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